segunda-feira, 29 de novembro de 2010

NEM TODO AMOR

Nem todo amor nasce ou floresce simplesmente;
Por vezes ele já existe,
Resplandescente,
Incadescentemente;
Inocentemente;
Luxuriosamente;
Tão somente
Oculto!

Como a lua nova, que não se vê
Mas lá está;

Que ao singelo, imperceptível
Incomesurável e atraente
Girar gravitacional;
Não mais se oculta e cheia está.
Plenilúnio, vívido, colossal,
Eterna.

Meu amor é assim, cálido, quase pálido;
Imperceptível aos olhos de quem vê, mas nada sente;
Só sente quem dele brinda; e quem com olhos de amar;
Por querer amar; se vê amado.

Ele é assim, como o jardim formoso
Que se ofusca pela beleza das flores
Que se inebriam do amor que ele gentilmente lhes oferece;

É assim como o jardim; que à mais bela flor
Se oferta todo amor;
Acolhendo-a com ternura na bruma rubra
De seu leito amor;
Que como meu amor não se percebe; mas existe

Impávido e incadescente para em meu coração
Acolher-te flor;
O mais puro Amor.

Fúlvio Stadler.

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