terça-feira, 30 de novembro de 2010

Vi-te e sonhei-te,
Você agora é,
Longe de meu toque
Alheia ao que sinto
E ao que te sinto.

Sinto-lhe o toque
Ao meu olhar, tão próximo
Mas distante.

Vislumbro-te ao longe,
Com carinho de quem
Ama e não se deixa
Saber amando.

Vê e não me vês.

É complexo antagônico
Do você comigo.

É um compreender
Incompreendido,
Anacrônico e intangível
Ao eu mortal face à tua
Imortalidade.

Agora vislumbro-te na
Mansidão e não quietude (inquietude)
Dolorosa e deprimente
Da insólita calidez
De não revelar-me.
Sonho-te, sempre sonhei-te
Minha, para abrigar-te na
Redoma de meu coração

Agora sinto a distância
Tão próxima, que de próximo
Não te posso tocar.

Morro agora, na desesperança
Impávido, porém imóvel,
Cálido e atônito
Ante o viver a sensação do
Beijo que não aconteceu.

Fúlvio Stadler

Um comentário:

  1. Amor platônico é doloroso, mas tenho assumir que tbm é vida. Isso porque ele consegue injetar sensações, sentimentos, tortura e paixão numa pessoa que poderia estar existindo por existir, imerso numa vida morna, sem calor, nem que seja imaginário.

    Meu blog: acorda-amor.blogspot.com

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